sábado, 23 de março de 2013

Censura a propaganda no Quênia




                Uma propaganda encomendada pelo governo foi censurada por reclamações feitas por cléricos tanto mulçumanos quanto cristãos. Na referida propaganda um mãe de família comenta com outra mulher sobre seu amante e a importância do uso do preservativo. O conteúdo da propaganda que tinha por objetivo promover o uso de proteção sexual, foi criticado pelos religiosos, pois a mensagem promovia também a infidelidade.
             Segundo dados da ONU, cerca de 1,6 milhão de pessoas são portadoras do vírus causador da AIDS. Ou seja, 3,85% dos 41,6 milhões de habitantes quenianos. Segundo Peter Cherutich, do Programa Queniano de Controle de AIDS e doenças sexualmente transmissíveis, um dos motivos de terem tido essa abordagem na mensagem da propaganda se deve ao fato de que uma pesquisa realizada do Quênia apontou que entre 20% e 30% dos casados tiveram outros parceiros sexuais e a maioria não usou preservativo.
             A opinião pública queniana se mostra dividida acerca do tema, alguns concordam que a realidade deve ser mostrada, enquanto que outros concordam que uma abordagem diferente poderia ter sido usada para promover o uso do preservativo. Uma questão como essa dentro de um país religioso como o Quênia é ainda considerado um tabu.


                                                                                                          Isabela Soares Barbosa
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