Uma propaganda
encomendada pelo governo foi censurada por reclamações feitas por cléricos
tanto mulçumanos quanto cristãos. Na referida propaganda um mãe de família
comenta com outra mulher sobre seu amante e a importância do uso do
preservativo. O conteúdo da propaganda que tinha por objetivo promover o uso de
proteção sexual, foi criticado pelos religiosos, pois a mensagem promovia
também a infidelidade.
Segundo dados da ONU,
cerca de 1,6 milhão de pessoas são portadoras do vírus causador da AIDS. Ou
seja, 3,85% dos 41,6 milhões de habitantes quenianos. Segundo Peter Cherutich,
do Programa Queniano de Controle de AIDS e doenças sexualmente transmissíveis,
um dos motivos de terem tido essa abordagem na mensagem da propaganda se deve
ao fato de que uma pesquisa realizada do Quênia apontou que entre 20% e 30% dos
casados tiveram outros parceiros sexuais e a maioria não usou preservativo.
A opinião pública
queniana se mostra dividida acerca do tema, alguns concordam que a realidade
deve ser mostrada, enquanto que outros concordam que uma abordagem diferente
poderia ter sido usada para promover o uso do preservativo. Uma questão como
essa dentro de um país religioso como o Quênia é ainda considerado um tabu.
Isabela Soares Barbosa
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